Veja temas mais buscados no Google no debate com candidatos a presidente

O desmatamento na Amazônia foi o principal tema do debate neste domingo (16) entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas buscas do Google. Durante todo o programa, outros temas mudaram à medida que a discussão esquentava. No entanto, alguns ganharam destaque.
O primeiro debate presidencial do segundo turno das eleições 2022 ocorreu na Band, em parceria com TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo.
A ferramenta Google Trends mapeou quais foram os assuntos mais buscados antes, durante e depois do debate — que bateu recorde de visualizações em uma live jornalística do YouTube Brasil, com mais de 2 milhões de espectadores simultâneos.
Ao término do debate, o termo “desmatamento” foi o mais buscado no Google. O tema ganhou destaque após o atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro ter afirmado que houve mais desmatamento no primeiro mandato do governo Lula (2003-2006) do que no atual governo (2019-2022). Bolsonaro pediu, inclusive, para que as pessoas procurassem sobre o tema “no Google”. O segundo termo mais pesquisado foi “Amazônia”.
No recorte das últimas 24 horas no debate, o tema “Escola” ficou na terceira posição, seguido de “Remédio” e “Covid-19” em quinto lugar.
O debate foi iniciado com a fala de Lula ressaltando os feitos de seu governo e perguntando a Jair Bolsonaro “quantas universidades e quantas escolas técnicas ele [Bolsonaro] fez enquanto presidente da República”.
O tema “escola” também foi levantado durante uma pergunta do jornalista Tayguara Ribeiro, da Folha de S.Paulo. Ribeiro traz dados do prejuízo na questão da aprendizagem no Brasil durante a pandemia e pergunta: “O que de concreto, caso senhores sejam eleitos, vocês farão para recuperar essa defasagem educacional?”.
Lula afirmou que, caso seja eleito, se reunirá com governadores e prefeitos das capitais para criar um plano de educação para recuperar o que foi perdido”.
Bolsonaro, por sua vez, destacou o GraphoGame, jogo educativo voltado a crianças de 4 a 9 anos de idade. “Nós já estamos fazendo. O nosso Ministro da Educação tem um aplicativo que foi aperfeiçoado e já está há um ano em vigor, chama-se GraphoGame.”
O jogo havia sido baixado por 1,5 milhão de pessoas até julho deste ano, embora segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o Brasil tenha 295 mil estudantes de quatro a seis anos matriculados na educação infantil e 13,9 milhões de alunos de seis a 10 anos matriculados na educação básica.
No primeiro bloco, quando o assunto pandemia estava em alta, o termo “Covid-19” chegou a atingir o pico de buscas no Google, às 20h36. Palavras como “corrupção” ou perguntas como “Quando a vacinação começou no Brasil” foram relacionadas ao termo durante o debate.
Isso ocorreu após Lula ter acusado o presidente Bolsonaro de ter sido negligente no que diz respeito ao atraso na compra de vacinas e não ter se solidarizado com as mortes durante a pandemia. “O que pensa o povo que perdeu um ente querido?”, questionou.
O ex-presidente disse ainda que não houve indignação com a pandemia e que o chefe de Estado não visitou nenhuma família que tenha perdido alguém para a Covid-19. “Para mostrar que é ‘bonzinho’, tentou ir ao enterro da Rainha da Inglaterra”, afirmou Lula durante o debate.
Lula também disse que Bolsonaro foi “vendedor de um remédio que não servia para nada”, em referência à cloroquina, defendida pelo presidente no início da pandemia mesmo sem eficácia comprovada contra a covid.
Como resposta, o candidato à reeleição pelo PL disse que Lula “fez discurso em cima do caixão da esposa e está se comovendo pela sogra”. Bolsonaro também afirmou ter visitado hospitais durante a pandemia. “O senhor não tem conhecimento. Não preciso fazer propaganda de nada que faço”, rebateu.
Durante o embate, Bolsonaro pontuou que nas mortes dadas pela covid, os caixões eram lacrados e “nem os familiares podiam fazer visitas aos entes que faleceram”.