Você Sabia?

Nomes de homens importantes da história de São Paulo dão nome à ruas e avenidas.
THEODORO FERNANDES SAMPAIO
Filho de uma escrava e um padre, foi o único a estudar na família. Depois de formado em engenharia, volta para a sua terra e compra a alforria de todos seus irmãos.
Em poucos anos tornou-se um profissional de destaque.
Integrante da Comissão Hidráulica formada por D. Pedro II, foi o único engenheiro brasileiro em uma equipe de profissionais americanos.
Mesmo com tanto reconhecimento, não ficou apenas em sua área. Foi um dos maiores pensadores de sua época. Autor de um extensa bibliografia geográfica sobre o Brasil, conhecia tanto sobre o país que auxiliou seu grande amigo Euclides da Cunha em Os Sertões.
ANDRÉ REBOUÇAS
Engenheiro muito talentoso, ganhou fama no Rio de Janeiro, por resolver o problema da falta de água. Seu projeto trouxe água de mananciais distantes até a capital do império.
E também foi responsável por uma das obras mais espetaculares da engenharia brasileira: a estrada de ferro Curitiba – Paranaguá.
Como militar na Guerra do Paraguai desenvolveu um torpedo de sucesso e foi um dos líderes abolicionistas mais ativos no Brasil.
Como era homem de confiança de D. Pedro II, com o fim do império, foi com a família real para a Europa. Lá chegou a ser correspondente do famoso The Times de Londres.
MACHADO DE ASSIS
Considerado o maior nome da literatura nacional. E há também que leve sua genialidade a nível mundial.
Ele fez por merecer. Escreveu bem em praticamente todos os gêneros literários.
Além de um importante relator de fatos político-sociais da época, foi o introdutor do realismo no Brasil.
Machado escreveu clássicos como: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro centenas de contos, peças de teatro, sonetos e poemas.
O primeiro presidente da Academia Brasileira de letras ainda hoje é reverenciado pela inovação e audácia em temas precoce. É, não foi à toa que já foi colocado ao lado de Dante, Shakespeare e Camões.
LUIZ GONZAGA PINTO DA GAMA
Nascido de mãe negra livre e pai branco, foi contudo feito escravo aos 10, quando seu pai o vendeu para pagar uma dívida de jogo. Permaneceu analfabeto até os 17 anos de idade. Conquistou judicialmente a própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos cativos, sendo já aos 29 anos autor consagrado e considerado um dos maiores abolicionistas do Brasil.
Tornou-se jornalista renomado ligado aos círculos do Partido Liberal. Junto a Rui Barbosa, fundou o jornal Radical Paulistano em 1869. Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro.
Apesar de não ter se formado, tinha a autorização do poder judiciário para exercer a advocacia em primeira instância. Pautou sua vida na defesa da liberdade e da república, ativo opositor da monarquia, veio a morrer seis anos antes de ver seus sonhos concretizados.
AFONSO HENRIQUES DE LIMA BARRETO
Na República velha, ficou conhecido pelas suas críticas ao nacionalismo ufanista. Nunca foi fã dos ricos e poderosos. Pelo contrário, em sua obra, sempre privilegiou os pobres, boêmios e arruinados.
Com estilo coloquial, sempre foi criticado pelos tradicionais, mas era influência para os modernistas. Entre suas obras está a icônica Triste Fim de Policarpo Quaresma.
MÁRIO RAUL DE MORAES ANDRADE
Ele foi tudo: poeta, escritor, crítico literário, musicólogo, folclorista, etc.
Como um dos pioneiros da poesia moderna, influenciou não só a literatura brasileira como internacional.
A frente do seu tempo, foi um dos responsáveis pela semana de arte moderna de 1922. Um evento que mudou para sempre a arte no Brasil.
Anos mais tarde, em 1928, publicou sua maior obra: Macunaíma.
Também fundou e dirigiu o Departamento Municipal de Cultura de São Paulo. Apenas recebeu um cargo para fazer o que fez sua vida inteira: promover a modernidade artística na cidade.
Mestiço, branco, mulato, negro? A polêmica sobre Mário de Andrade é grande. O próprio escritor se reconhecia como um legítimo mulato. Historiadores divergem em suas opiniões. Registros o identicavam como branco. Mas nesta discussão toda há uma certeza: o autor de Macunaíma era um intenso conhecedor da cultura negra.
TORRES HOMEM
O único negro a comandar a economia brasileira em toda a história.
Mesmo sendo considerado um homem de destaque no império, sempre sofreu preconceito. Era retratado como macaco em caricaturas da época.
Mas isso só provou que se tratava de talento e nada mais.
Teve uma carreira de sucesso. Além de um grande abolicionista, foi conselheiro do estado, deputado geral, ministro da fazendo, presidente do Banco do Brasil, e senador do Império.
Mesmo fazendo parte de sociedades secretas republicanas, recebeu o título de Visconde do Imperador.
JOSÉ DO PATROCÍNIO
Começou sua vida como pedreiro na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Se interessou pela área da saúde e fez faculdade de farmácia.
Mas depois seguiu carreira de jornalista e entrou na luta abolicionista.
Adquiriu a Gazeta da Tarde e Fundou a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.
José não era apenas um ativista de discursos. Articulou a Confederação Abolicionista e foi a luta. Ajudou na fuga de escravos, angariou fundos para alforrias e comandou manifestações.
Mais tarde abandonou a Gazeta da Tarde e fundou o jornal A Cidade do Rio. E foi nele que noticiou em 13 de maio de 1888 a abolição.
CRUZ E SOUSA
Filho de escravos alforriados, recebeu uma educação de qualidade de seu ex-senhor.
Aprendeu francês, latim e grego. Foi discípulo de Fritz Müller, cientista que ajudou Darwin a provar a seleção natural.
Mais tarde, quando dirigiu o jornal Tribuna Popular, combateu a escravidão e o preconceito étnico.
Mas foi em 1893 que ele escreveu seu nome na história. Publicou o livro de poesia Broquéis, dando início ao Simbolismo no Brasil.
JOÃO CACHOEIRA
Filho de escravos, era agregado da família Couto de Magalhães. Sempre foi muito querido pela família que era proprietária das terras que se tornaram o bairro do Itaim.
Era conhecido pela sua alegria. Trabalhou duro durante anos para a mesma família. Como homenagem por todos esses anos de dedicação, virou nome de rua.