A data de hoje define o último palíndromo da década do formato adotado no Brasil: dia, mês, ano. Isso quer dizer que quando olharmos individualmente para os algarismos que marcam esta terça-feira num calendário gregoriano, poderemos ler a data de trás pra frente e de frente para trás da mesma forma: 2 2 0 2 2 0 2 2.
O último evento do tipo aconteceu no dia 2 de fevereiro de 2020. O próximo só na outra década, no dia 3 de fevereiro de 2030 (03022030).
Já os palíndromos que possuem apenas dois algarismos diferentes, como o de hoje, são mais raros.
A matemática Julia Jaccoud explica que o próximo do tipo está longe de acontecer.
“Teremos vários palíndromos ainda, mas todos eles com mais de dois algarismos. Já o próximo com exatamente dois algarismos só ocorrerá no século 22, no dia 21 de dezembro de 2112 (21/12/2112)”, explica.
O termo palíndromo vem do grego: palin (de novo, com repetição, em sentido inverso) + dromo (caminho, curso, pista), explica o professor Sérgio Nogueira.
Alguns dicionários, como o Houaiss, consideram que a palvra diz respeito somente a uma “frase ou palavra que se pode ler, indiferentemente, da esquerda para direita ou vice-versa”.
Nesse caso, temos como exemplo na língua portuguesa as seguintes palavras e expressões: osso, SUS, Mussum, Ana, radar, Roma é amor, socorram-me subi no ônibus em Marrocos, entre diversas outras.
Para algarismos que podem ser lidos na ordem direta ou inversa, o Houaiss adota outro termo: capicua.
Uma curiosidade: o último evento do tipo neste século será num ano bissexto, no dia 29 de fevereiro.
