Até a protagonista se arrependeu de fazer este filme da DC

Em 2003, após receber o Oscar de Melhor Atriz por ‘A Última Ceia’, Halle Berry ganhou seu primeiro grande papel principal em ‘Mulher-Gato’. Com muito orgulho de participar de um filme em que uma mulher tem o poder (nas suas próprias palavras), a atriz treinou intensamente para expressar o caráter felino de sua personagem por meio de seus movimentos.
Se a intenção do diretor, o francês Pitof, foi nobre: apresentar uma super-heroína multidimensional e evitar sexualizá-la (o que não conseguiu), a produção não demorou para virar um desastre.
Após passar pelas mãos de 28 roteiristas, a história se distanciou muito da personagem criada por Bill Finger e Bob Kane nos quadrinhos da década de 1940. Selina Kyle é substituída por uma personagem chamada Patience Philips, que descobre super-poderes ao ressuscitar do próprio assassinato, a mando de seu empregador.
Lançado em 2004, o filme foi um desastre comercial. Com US$ 82 milhões em receitas mundiais, não pagou seu orçamento de US$ 100 milhões. Além disso, ‘Mulher-Gato’ recebeu críticas negativas, que o consideraram um dos piores filmes já feitos.
Com sete indicações na 25ª cerimônia do prêmio Framboesa de Ouro, o longa-metragem ganhou os prêmios de Pior Filme, Pior Atriz, Pior Diretor e Pior Roteiro. Ao contrário das expectativas, John Rogers, um dos roteiristas, e Halle Berry foram receber os prêmios pessoalmente. A atriz então fez um discurso cheio de humor, não esquecendo de levar a estatueta do Oscar que havia ganhado anos antes.
Com uma pontuação média de 2,2/5, Mulher-Gato é um dos filmes mais mal avaliados dos anos 2000 pelo público do AdoroCinema.[
A Mulher-Gato de Pitof, com Halle Berry, Benjamin Bratt e Sharon Stone pode ser assistido na HBO Max.