Saiba por que parece que temos mais fome no inverno

Baixas temperaturas combina com passar o dia comendo, principalmente guloseimas. É o efeito do inverno, com seus dias curtos e noites longas e um clima frio e seco predominante no ar. Isso tudo altera o metabolismo do organismo, além de diminuir a produção de serotonina, o hormônio neurotransmissor que promove a sensação de bem-estar. Para suprir essa onda de tristeza e garantir que o corpo fique aquecido, algumas pessoas recorrem aos alimentos.
É um mecanismo do corpo para se proteger e garantir a sobrevivência. De acordo com o médico endocrinologista Mario Carra, o que existe é uma zona termoneutra, faixa de temperatura ambiente, chamada de homotermia (temperatura normal), que mantém a temperatura do corpo estável. Quando as pessoas são expostas acima ou abaixo desta zona termoneutra —em torno de 36,5 ºC—, o corpo se adapta para manter a homotermia.
Se a temperatura ambiente for menor do que a zona, o indivíduo começa a aumentar o gasto calórico para aquecer o corpo. “Existe um levantamento, não oficial, de que as pessoas em ambientes frios (por exemplo, restaurantes) acabam ingerindo mais alimentos, pois precisam ter a reposição energética durante a temperatura mais baixa. É por esse motivo que no frio a sensação de fome é maior”, explica.