Como Leticia Datena saiu da sombra do pai e é novo rosto da Stock Car

A Stock Car começará a temporada 2021 no próximo fim de semana, em Goiânia e no pacote de mídia da maior categoria do automobilismo brasileiro algumas novidades e rostos diferentes, em comparação a 2020.
Além da Band e SporTV na televisão, as transmissões nos canais oficiais da categoria terão Leticia Datena como apresentadora e repórter.
Filha do repórter e apresentador José Luiz Datena, Leticia veio de uma carreira de sucesso como modelo para o mundo do automobilismo. Dos 16 aos 26 anos de idade ela morou em sete países e seu primeiro contato com as quatro rodas foi em 2016 em um evento que o Chile organizou para tentar receber o Mundial de Rally (WRC).
A partir daquele momento, o rosto de Leticia começou a ficar familiar para os fãs dentro e fora do Brasil, além de ganhar o respeito das grandes lendas atuais, como Ott Tänak, Sébastien Ogier, Sébastien Loeb, entre outros.
Ela também começou a fazer parte do cast do Fox Sports, que sempre prestigiou o rali mais temido do mundo, o Dakar. Em 2019 ela foi uma das poucas profissionais de comunicação do Brasil a cobrir o evento, que estava em sua última edição na América do Sul pela emissora.
A pandemia chegou e, como o mundo todo, a rotina e projetos tiveram que ser modificados. Após período em Ribeirão Preto, cidade natal da família, Leticia voltou suas atenções para o automobilismo brasileiro. Primeiro com o Sertões, como apresentadora do programa De Olho no Sertões, além de trabalhar com a Brandt, principal apoiadora de Miguel Paludo na Porsche Cup.
Já para a última – e decisiva – etapa da Stock Car, Leticia já fazia parte da equipe de comunicação da Vicar, permanecendo para a temporada que se avizinha.
No Brasil e no mundo acredita-se que as portas para filhos de famosos se abrem facilmente, em detrimento de outros sem vínculo familiar importante. Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, Leticia explicou que no caso dela, o nome não foi fator decisivo, tendo sido reprovada em testes para trabalhar em emissoras.
“Você pode ter o sobrenome que for, mas nenhuma organização que se preze vai colocar uma pessoa que não esteja preparada, que não tenha talento. Não foi um sobrenome que abriu portas para mim. No Fox Sports, por exemplo, os dois primeiros testes que fiz lá eu não passei. Entrei apenas na terceira vez, porque eles acharam que era um projeto adequado para o meu perfil. O mesmo com outras emissoras, eu fui fazer testes como Letícia Datena em que eu não passei, porque os projetos não tinham a ver com meu perfil.”